Os projetos nasceram com a tomada de consciência que a indústria têxtil é ainda uma indústria altamente poluente, dada a elevada utilização de água durante o tingimento e o teor das tintas utilizadas. O primeiro projeto que procurou dar resposta a este problema foi o ALGO.NATUR em parceria com o CENTI e o CITEVE, que decorreu entre 2013 e 2015 e teve como objetivo efetuar o tingimento de tecidos de algodão com tintas de base natural.

Apesar do sucesso do projeto, que levou à aquisição da patente para o processo de coloração, as paletas de cores disponíveis estavam restritas a tons de castanho. Estas limitações levaram ao projeto PICASSO.

O objetivo do PICASSO foi a industrialização do processo do tingimento do algodão e a expansão da palete de cores disponível, e teve várias descobertas técnicas e tecnológicas tais como: Incorporação de compostos de origem natural em substratos têxteis para a produção de têxteis funcionais, ecológicos e sustentáveis; Desenvolvimento de tecnologias de tratamento de superfície eco-eficientes para melhorar a afinidade entre substratos têxteis e compostos naturais de tingimento; Assegurar a durabilidade da cor dos têxteis à exposição à luz com compostos naturais; Garantir a durabilidade da cor e a funcionalidade antimicrobiana dos têxteis para lavar; Garantir a atividade antimicrobiana nos têxteis apenas utilizando compostos de origem natural.

O projeto ocorreu entre 2016 e 2019 e foi uma parceria entre a TINTEX, o CENTI, o CITEVE, a Ervital e a Bioinvitro. Cada parceiro teve uma responsabilidade específica na inovação e desenvolvimento do processo. O CENTI especializa-se em investigação a uma escala laboratorial. O CITEVE desenvolveu pilotos do processo e, por fim, a TINTEX escalou e comercializou a solução para um nível de produção industrial.